Sabia qual o pensamento perseguido
Que lhe estugava o andar,
E porque demonstrava, ao ver radiante o dia,
Tanta angústia no olhar;
O homem matara a coisa amada, e ora devia
Com a morte pagar.
Apesar disso-escutem bem-todos os homens
Matam a coisa amada;
Com o galanteio alguns o fazem, enquanto outros
Com a face amargurada;
Os covardes o fazem com um beijo,
Os bravos, com a espada!
Um assassina o seu amor na juventude,
Outro, quando ancião;
Com as mãos da Luxúria este estrangula, aquele
Empresta do Ouro a mão;
Os mais gentis usam a faca, porque frios
Os mortos logo estão.
Este ama pouco tempo, aquele ama demais;
Há comprar, e há vender;
Uns fazem o ato em pranto, enquanto que um suspiro
Outros não dão sequer.
Todo homem mata a coisa amada!- Nem por isso
Todo homem vai morrer.
Disse certa vez Oscar Wilde que as duas maiores mudanças ocorridas em sua vida se deram quando seu pai o mandou para Oxford e a sociedade o mandou para a prisão. Ali, conheceu sem dúvida indizível a infelicidade do artista que conhece os caminhos do gênio, mas que não tem mais forças para seguí-lo.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
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